Na mitologia nórdica, o hidromel da poesia (em nórdico antigo skáldskaparmjöðr) é uma bebida mágica capaz de conceder sabedoria, inspiração e eloquência divina àqueles que a consomem. Sua origem está ligada ao sangue do sábio Kvasir, um ser criado pelos deuses a partir da paz entre os Vanir e os Aesir. Kvasir era tão sábio que respondia qualquer pergunta. Até que foi morto por dois anões, Fjalar e Galar, que misturaram seu sangue com mel, criando o hidromel mágico.
Esse hidromel foi guardado em três tonéis e acabou nas mãos do gigante Suttung, que o escondeu numa caverna vigiada por sua filha, Gunnlöd. Odin, o pai de todos, desejava esse dom da poesia para si e para os deuses, então arquitetou um plano para obtê-lo. Transformando-se em serpente, penetrou na caverna e, seduzindo Gunnlöd, bebeu todo o hidromel. Em forma de águia, fugiu levando a bebida sagrada de volta para Asgard.
Durante o voo, algumas gotas do hidromel escaparam de seu bico e caíram sobre o mundo dos mortais. Essas gotas são preciosas: com elas, Odin tocou a humanidade com a centelha da inspiração.
Dentro da mitologia nórdica, também é explicado a origem dos artistas e dos "falsos artistas". Segundo a lenda, aqueles que foram tocados por essas gotas obtiveram o dom das palavras e do conhecimento. Esses se tornariam:
- Poetas, músicos e bardos inspirados, capazes de criar com palavras que tocam o espírito;
- Sábios e filósofos, detentores de uma sabedoria que parece vir do além;
- Artistas, atores e visionários, cuja criatividade é vista como divina.
Esses são considerados os “sortudos” ou “escolhidos” por Odin.
Enquanto os demais, que produzem arte, beberam do que chamam de “resto do hidromel” (fezes de Odin enquanto águia), ou seja, uma inspiração comum, sem o brilho verdadeiro da poesia sagrada. Seriam os artistas medíocres e falsos. São aqueles limitados de repertório, que não contribuem em nada com o desenvolvimento alheio; Não possuem uma grande mensagem ou conhecimento para compartilhar; São movidos por puro ego e mascaram suas intenções através de falsos propósitos e ideologias, e isso, quando as têm. São incapazes de uma criação própria legítima, puxam o tapete daqueles que se sobressaem com a verdade e utilizam a língua da mentira como arma de persuasão. Usam do palco como uma forma de obter algum destaque, pois dentro do seu interior, não há o que destacar. Por não terem sido agraciados com uma gota do Hidromel da Poesia, esses artistas são considerados vazios (ou "cassus" no latim). A diferenciação de um falso artista é fácil. Para um artista de verdade, a arte existirá por si só, mesmo que ele mesmo não exista.
"Tive mais de cem fracassos. E, para mim, não tem a mínima importância. Para um artista, o fracasso e o sucesso são iguais. Os dois são impostores."
- Antônio Abujamra
▶️ Canal no YouTube.com/hidromelier
.
.
.
#hidromel #hidromelier #hidromelartesanal #mead #meadery #meadmaking #winelovers #winelover #winetasting #hidromelbrasileiro #degustação #degustacaodevinho